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Único homecare pediátrico do Rio de Janeiro atua, hoje, com 19 pacientes maiores de idade

by viviejaque

Com quase 25 anos de trabalho no estado, Homebaby conta com 200 pessoas internadas

Quando pesquisado o termo homecare no Google, poucas matérias aparecem sobre o tema, e isso se deve ao fato de o assunto ainda ser considerado um tabu na maioria das famílias. Para a psicóloga do Grupo Prontobaby, Talitha Nobre, o nascimento de uma criança, normalmente, é um evento repleto de expectativas, desde a gestação – onde se cria uma série de fantasias acerca deste novo membro.

“Quando ele nasce, naturalmente há um vácuo entre o bebê esperado e o bebê real. Se há a constatação de uma doença crônica, essa experiência pode ser ainda mais difícil e até devastadora. Diante da necessidade de reorganização dos membros para a chegada de um homecare pediátrico, muitos não suportam as atividades relacionadas aos cuidados em decorrência do adoecimento crônico e rejeitam a criança. E nessa dinâmica de adoecimento infantil, percebemos a mãe como figura central dos cuidados. Muitas vivenciam o afastamento do companheiro, de toda a família e passam a viver a experiência dos cuidados com o filho de maneira isolada”, esclarece a psicóloga e psicanalista, membro do corpo freudiano do Rio de Janeiro.

O Homebaby é o único hamecare do estado do Rio de Janeiro especializado em atendimento pediátrico, com mais de 50% dos pacientes de alta complexidade. Quando questionada sobre o diferencial deste atendimento, a pediatra Martha Fabíola Tavares, diretora técnica assistencial do Homebaby, afirma que é o cuidado centrado ao paciente que se estende ao familiar.

“Garantimos uma assistência segura e personalizada, com um setor de Centro de Apoio a Família (CAF), que presta apoio psicossocial aos familiares dos pacientes. Trabalhamos com dois tipos de homecare: os temporários, para a administração de medicamentos endovenosos por curtos períodos de tempo; e os que são direcionados àqueles que são crônicos. O último fica até a melhora e o desmame do assistido ou, em alguns casos, por conta da gravidade, da impossibilidade de cura ou melhora do quadro, presta-se ao atendimento até o óbito”, sinaliza a médica.

A prevalência de diagnóstico do Homebaby é de paralisia cerebral, com encefalopatia crônica. Desde 29 de março de 2022, o Rio de Janeiro, através da lei Nº 7.278, dispõe sobre a obrigatoriedade de hospitais e maternidades da rede pública e privada do Município, de realizarem os exames para diagnóstico precoce da encefalopatia crônica não progressiva da infância (PC – Paralisia Infantil). Dados da Associação Brasileira de Paralisia Cerebral revelam que no mundo há 17 milhões de pessoas que vivem com a doença e 350 milhões que estão diretamente ligadas a uma criança ou adulto que sofre do problema.

Para a psicóloga Alessandra Augusta Oliveira, coordenadora do CAF, o mais difícil é alinhar as expectativas dos pais nesses casos.

“Nem sempre eles estão em sintonia. Às vezes temos que lidar com sentimentos de culpa, o luto pela perda do filho ideal, todo o processo de aceitação que envolve aquela criança, a perda de autonomia. Quanto maior a complexidade do quadro, mais invasivos os procedimentos, maior a necessidade de profissionais atuando. Em alguns casos, a família se especializa tanto no quadro clínico da criança que os embates com a equipe são frequentes”, sinaliza.

Apesar de serem patologias de difícil tratamento, o Homebaby carrega poucos casos de óbito.

“Nossa taxa de efetividade clínica por não reinternação hospitalar tem média de 90% nos últimos três anos. Já a taxa de efetividade de atendimento às intercorrências clínicas gira em torno de 88%. 13% dos pacientes estão conosco há dois anos, e essa taxa já sobe para 18% daqueles que permanecem há três anos. Isso porque ainda temos os que contam com o Homecare desde o nascimento e, hoje, já têm mais de 18 anos. O paciente mais velho que atendemos tem 47 anos e por conta da sua síndrome, do seu tamanho e da sua idade, sempre internou no Hospital Prontobaby e a família solicita o nosso atendimento domiciliar há quase 20 anos”, comenta a Dra. Martha Tavares.

Embora a dinâmica de internação domiciliar seja comum aos pacientes, a forma como cada família se organiza dentro desse contexto é singular. “Todos têm uma história, com demandas particulares que aparecem de acordo com a estrutura sociocultural. Assim, torna-se necessário considerar as particularidades e poder ouvi-los para além dos contornos patológicos, permitindo ao cuidador a expressão da sua subjetividade e melhor compreensão do cenário vivido”, finaliza a psicóloga Talitha Nobre.

Grupo Prontobaby: referência em pediatria no Rio de Janeiro, é responsável pelo maior número de atendimentos pediátricos de emergência, cirurgias e internações da rede privada de todo o Estado. Seu corpo clínico é composto pelos seguintes especialistas: pediatra; alergista e imunologista; cirurgião plástico; dermatologista; geneticista; hematologista; homeopata; neurocirurgião; neurologista; odontologista; oncologista; ortopedista; otorrinolaringologista; pneumologista; urologista. Pertencem ao Grupo o Prontobaby – Hospital da Criança; o Centro Pediátrico da Lagoa; o Prontobaby Méier – Criança 24 horas; o Prontobaby Leopoldina; o Instituto de Especialidades Pediátricas – IEP;  e o Homebaby – Homecare Pediátrico.

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