Início » Fisioterapia é aliada no combate a doenças respiratórias em idosos

Fisioterapia é aliada no combate a doenças respiratórias em idosos

by viviejaque

Sendo hoje a terceira maior causa de mortes no mundo, essas doenças podem ser mais graves na terceira idade

As doenças respiratórias são consideradas a terceira principal causa de morte em todo o mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os públicos mais suscetíveis ao problema estão os idosos, pois, o envelhecimento traz alterações funcionais e estruturais nos pulmões. Além disso, o sistema de defesa dos idosos enfraquece e passa a ter maior dificuldade para combater os agentes infecciosos. Na prevenção e combate ao problema, a fisioterapia respiratória pode ter um papel importante para evitar piora e diminuir o número de hospitalizações.

De acordo com Juliana Régis, fisioterapia da Vitta Fisio, empresa parceira da S.O.S. Vida, com o avanço da idade, o tórax se torna enrijecido devido à calcificação das cartilagens e os pulmões distendidos pela diminuição da capacidade das fibras elásticas retornarem depois da distensão na inspiração. Com isso, o volume pulmonar e a capacidade ventilatória diminuem.

Além dessas alterações, também ocorre o enfraquecimento da musculatura respiratória, diminuição das trocas gasosas e a lentificação da função mucociliar, prejudicando a limpeza de partículas inaladas e facilitando a instalação de infecções.

“Com essas mudanças estruturais e funcionais do sistema respiratório, os idosos são os mais acometidos pelas pneumopatias, entre elas a pneumonia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfisema e bronquite. A fisioterapia respiratória é uma área dentro da fisioterapia que visa à prevenção e ao tratamento da maioria das doenças que atingem o sistema respiratório”, complementa.

Assim, a fisioterapia colabora na prevenção e no tratamento e precisa ser somatizada (motora e respiratória), através de técnicas e procedimentos que visam a aumentar a força da musculatura respiratória e periférica.

“Dessa forma, haverá a melhora no condicionamento desse idoso, reduzindo a fadiga e evitando o acúmulo de secreção, além de aumentar a expansão pulmonar e melhorar a qualidade de vida”, aponta Juliana.

Outro ponto, é que os idosos podem ter maior predisposição a desenvolver a pneumonia por aspiração, principalmente quando a paciente apresenta algum transtorno neurocognitivo com déficit do reflexo de tosse. Esse tipo de pneumonia ocorre quando algum alimento se “desloca” e vai para os

pulmões, causando uma infecção pulmonar.

“A fisioterapia atua tanto na prevenção quanto no tratamento destes problemas, tendo como objetivos também melhorar a higiene brônquica, favorecer a eliminação de secreções, melhorar a complacência e otimizar a tosse”, acrescenta a fisioterapeuta da S.O.S. Vida.

Reabilitação

Empregada na recuperação dessas doenças, a reabilitação pulmonar engloba uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social.

“Cada profissional deve avaliar e, em equipe, será ajustado o melhor tratamento. Os principais objetivos da fisioterapia na reabilitação pulmonar do idoso vão depender da patologia de base que ele apresenta, mas, comumente são no sentido de reduzir a dispneia, aumentar a capacidade de realizar exercícios e atividades físicas, melhorar a higiene brônquica, diminuir e controlar os sintomas respiratórios e ampliar o conhecimento sobre a doença, com o intuito educativo. Tudo isso para aumentar a qualidade de vida e diminuir o número de exacerbações da doença”, pontua Juliana.

Fisioterapia em home care

A especialista destaca que a fisioterapia domiciliar possibilita ao paciente o tratamento em ambientes conhecidos e confortáveis, como a sua própria casa. Isso aliado à flexibilidade de horário, à proximidade com a família e à redução de saídas e deslocamentos.

“Sendo assim, o tratamento faz com que os pacientes fiquem mais otimistas e, principalmente, se esforcem mais, pois contam com o apoio da família e do profissional”, opina a fisioterapeuta.

Related Articles