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Com home care, Lar e Saúde leva tratamento e conscientização aos pacientes com pressão alta e reforça cuidados à esse grupo de risco
Dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) apontam que 36 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão, ou pressão alta. Entre a população idosa, a doença atinge 60%. Em um período pandêmico como o vivido desde março do ano passado, ela representa um risco ainda maior.
Números apresentados em agosto do ano passado pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) revelaram que 24,4% das pessoas que morreram por Covid-19 tinham hipertensão. Portadores de pressão alta estão no grupo de risco, assim como obesos e diabéticos – esses últimos responderam por 17,9% das mortes pelo novo coronavírus até agosto de 2020.
Embora ainda não haja uma definição clara do porquê a hipertensão deixa as pessoas mais vulneráveis à Covid-19, já se sabe que ao entrar em contato com o corpo humano, o novo coronavírus pode afetar o músculo cardíaco. O que pode causar, em um paciente com o coração já sobrecarregado pela hipertensão, uma inflamação do miocárdio (miocardite).
“Os pacientes hipertensos precisam ter cuidado redobrado ao atender as medidas de segurança”, informa o médico Isaac Rubens Britto Dias Neto, coordenador clínico da Lar e Saúde, empresa que presta serviços de atenção domiciliar. “É fundamental para eles evitar aglomeração, usar máscara, evitar o contato com infectados, e fazer uso do álcool em gel”.
A necessidade de atenção ao paciente hipertenso em um cenário de pandemia da Covid-19 levou a Lar e Saúde a intensificar o cuidado focado nesse diagnóstico. Com uma equipe multidisciplinar atuando presencialmente ou através de telemedicina, composta por médicos, nutricionistas, enfermeiros e fisioterapeutas, acompanham todo o comportamento do paciente – dieta, hábitos de vida, exercícios físicos – para auxiliar no controle da doença e evitar a internação hospitalar.
Atendimento multidisciplinar em casa
“Nossos nutricionistas trabalham com dietas baseadas nas necessidades dos pacientes, ajudando na manutenção de uma dieta hipossódica (sem ou com pouco sódio)”, informa o médico. “Fazemos um acompanhamento rigoroso dos pacientes que estão no grupo de risco, como obesos, diabéticos e os hipertensos. São pacientes que tem um cuidado redobrado e uma atenção especial da nossa equipe de técnica, para que a qualquer sintoma, seja da hipertensão ou que seja suspeito de Covid, façamos o manejo do tratamento o mais rápido possível”.
O trabalho do home care com o paciente hipertenso envolve também a prescrição médica para uso de medicamento para controlar a pressão, além do envolvimento de enfermeiros e técnicos em enfermagem que fazem o controle pressórico e demais cuidados, tudo para confirmar a eficácia do cuidado em equipe. A equipe de home care é rigorosa também no cumprimento das medidas de segurança para evitar a disseminação do vírus.
Sem sintomas
O perigo da hipertensão é que se trata de uma doença silenciosa. Geralmente assintomática, pode gerar dor de cabeça, nucalgia (dor na nuca ou na parte superior do pescoço) e mal-estar. “O grande desafio no tratamento da hipertensão reside na característica pouco sintomática da doença, que faz com que o paciente não dê importância ao tratamento”, destaca Dr. Isaac.
Por ser uma doença que envolve também fator genético, é normal que filhos herdem o problema dos pais. Mas é possível controlar ou mesmo prevenir a hipertensão com hábitos saudáveis – prática de atividade física regular, alimentação balanceada, controle do peso e evitar cigarro e álcool.
“O tratamento não farmacológico envolve obrigatoriamente perda de peso, dieta saudável, atividade física sistemática, controle do stress, a redução de consumo exagerado de bebida alcoólica e o abandono do tabaco”, explica o médico.